A entrevista da influenciadora Natalia Becker ao "Fantástico", exibida no último domingo (9), gerou comparações entre internautas com a entrevista de Suzane Von Richthofen ao mesmo programa, em abril de 2006. Ambas as entrevistas foram alvo de críticas pelas falas e comportamentos das entrevistadas.
Perfis no X apontaram que Becker, esteticista acusada de homicídio com dolo eventual, usou um moletom rosa com o símbolo do Mickey, similar ao utilizado por Suzane Von Richthofen em sua entrevista.
A escolha da vestimenta foi vista pelos internautas como uma tentativa de vitimização. Além disso, ambas as entrevistadas apareceram sem maquiagem e choraram em alguns momentos das entrevistas. Em ambos os casos, houve a participação dos advogados das entrevistadas, que as orientaram durante a gravação.
Durante a entrevista, Natalia Becker se irritou com algumas perguntas e chegou a deixar o local, retornando após ser convencida. De maneira semelhante, Suzane Von Richthofen também pediu para encerrar sua entrevista, que foi amplamente considerada desastrosa para sua imagem.
Após a entrevista, Suzane, que havia sido condenada por planejar o assassinato dos pais junto com o namorado e o cunhado, perdeu o direito ao regime semiaberto e retornou à prisão, sendo considerada um risco à sociedade e com potencial de fuga.
Richtofen conseguiu em janeiro deste ano, por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, a autorização para ficar em regime aberto por cumprir todos os requisitos da Lei de Execuções Penais.
Ela havia conseguido a redução de pena de 39 anos para 34 anos e quatro meses por conta dos trabalhos na penitenciária.
O caso de Natalia Becker
Natalia está sendo investigada pela morte do empresário Henrique Chagas, de 27 anos, que faleceu no dia 3 de junho após um procedimento de peeling de fenol realizado por Becker. A esteticista, proprietária de uma clínica em São Paulo, realizou o procedimento sem ter autorização para tal.
A Associação Nacional dos Esteticistas Cosmetólogos esclareceu que apenas médicos podem realizar esse tipo de procedimento, devido à profundidade da perfuração da pele e à necessidade de equipamentos para monitorar os batimentos cardíacos do paciente em tempo real.
Becker revelou ter aprendido a aplicar o fenol por meio de um curso on-line e cobrava R$ 4,5 mil pelo procedimento. A Polícia Civil está investigando o caso e aguarda o relatório oficial da perícia para determinar a causa da morte do empresário.
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